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Justiça condena a prisão três integrantes de grupo neonazista

Em 2016, eles colaram um cartaz contra judeus na Rua Augusta, e também faziam apologias ao nazismo nas redes sociais

Por Hyndara Freitas
Atualizado em 12 dez 2022, 10h52 - Publicado em 11 dez 2022, 17h13
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  • O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou a prisão três homens que integram um grupo neonazista chamado Kombat Rac, que fazia apologias ao nazismo nas redes sociais e chegou a colar cartazes antissemitas na Rua Augusta, região central da capital.

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    De acordo com a denúncia do Ministério Público, em 2016, Guilherme Evangelista, Wesley Muniz e Altieres Paulo fabricaram e colaram um cartaz com os seguintes dizeres na rua: “Com Judeus você perde”. A Federação Israelita do Estado de São Paulo soube da colagem e fez denúncias à polícia, e Rabino Ventura, da Sinagoga sem Fronteira, publicou um vídeo em suas redes sociais mostrando sua indignação quanto ao cartaz e o retirou do poste.

    Em resposta às críticas do rabino, os integrantes do grupo neonazista publicou um vídeo na internet proferindo frases ofensivas como “fora judeus”. Na época, diversas entidades judaicas e de outras religiões manifestaram seu repúdio contra este vídeo.

    Em janeiro de 2017, os três denunciados e um adolescente foram presos após terem se envolvido em uma briga com um grupo de punks no centro de São Paulo. Com eles, foram encontradas facas e canivetes. Os três começaram a ser investigados e a Polícia Civil chegou a apreender na casa deles objetos de cunho doutrinário nazista, como roupas com símbolo da suástica, facas, anel com o símbolo da cruz de ferro, carteira com a inscrição Kombat Rac, cartazes com imagens de Hitler e cartazes contra o movimento comunista.

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    Para o Ministério Público, os três denunciados e o adolescente “integram em caráter estável, habitual e permanente, associação criminosa com veiculação de ideologia neonazista definida e com a finalidade de cometer crimes de preconceito e cor”.

    Os três já haviam sido condenados em primeira instância, recorreram e, na última quarta-feira (7), o TJSP manteve as condenações. Guilherme e Wesley foram condenados a 3 anos e 6 meses de prisão, enquanto Altieres deverá cumprir 3 anos e 10 meses de prisão, todos no regime inicial semiaberto.

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