João Doria pode tirar Bruno Covas da Secretaria de Regionais
Vice-prefeito poderá ser remanejado para outra secretaria
O prefeito João Doria estuda tirar o vice Bruno Covas do comando da Secretaria das Prefeituras Regionais, responsável pela zeladoria da cidade.
Segundo apurou VEJA SÃO PAULO, após demitir o secretário-adjunto Fabio Lepique na última quarta-feira (26) devido a falhas em temas como asfalto, falta de preparo para as chuvas de verão e, principalmente, sobre a execução do programa “Cidade Linda” – bandeira de sua campanha -, Doria marcou uma reunião com o chefe da pasta para este domingo (29), quando uma decisão poderá ser tomada.
A insatisfação do prefeito com a atuação de Covas no cargo tem sido voz corrente nos corredores da prefeitura. Nesta sexta (27), pelo menos três prefeitos regionais e dois secretários confirmaram os rumores e davam como certa a troca na pasta.
A ideia de Doria é remanejar o vice para alguma outra pasta “sem tanto desgaste”, ainda de acordo com as mesmas fontes.
Entre os cotados para assumir seu lugar nas Prefeituras Regionais, caso seja mesmo confirmada a saída, estão o regional de Pinheiros, Paulo Mathias – amigo do prefeito -, e o secretário de Investimento Social, Cláudio Carvalho. Procurados, ambos negam terem sido procurados.
Procurado, o secretário de Comunicações, Fabio Santos, disse que conversou com Doria por telefone nesta sexta (27) – o prefeito está em Maceió- e ouviu que o vice “está prestigiado”. Bruno Covas, que passou doze dias em Paris – voltou na última quarta (25) -, não atendeu as ligações da reportagem.
O assunto sujeira tem custado caro para o prefeito, que foi duramente criticado pelo ex-governador Alberto Goldman, seu companheiro de partido. Em um vídeo postado no Facebook, Goldman alegou que “a situação é calamitosa em todos os bairros”. Como resposta, Doria disse que Goldman vive em casa, de pijamas, enquanto ele está nas ruas, com o povo.
Recente pesquisa Datafolha apontou que a possível candidatura de Doria ao Palácio do Planalto não “decolou” – ele empata com seu padrinho, Geraldo Alckmin (ambos com 8% das intenções de voto).