Governo de SP declara escassez hídrica nas bacias que abastecem o sistema Cantareira
Diante do baixo nível dos reservatórios, SP Águas declarou que não haverá emissão de novas outorgas de água
Nesta quarta-feira (24), a SP Águas, agência reguladora das águas do estado, declarou escassez hídrica na Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, com volume útil de 25,7%, e na Bacia Hidrográfica do Piracicaba, que abastece o sistema Cantareira, esse com 29,4% de volume útil.
Os dois sistemas representam 80% do volume de todo o Sistema Integrado Metropolitano (SIM), que conta com sete sistemas e está atualmente com 32,4% do seu volume, índice 7,1 pontos percentuais inferior ao registrado em 2021.
Com a situação, a emissão de novas outorgas de água estão suspensas até que os níveis dos reservatórios estejam recompostos. Camila Viana, presidente da SP Águas, explica que, nesse momento, não haverá redução imediata de outorgas já concedidas, mas a agência aumentará a fiscalização para coibir abusos e irregularidades no uso da água.
Economia de água
Diante do baixo nível dos reservatórios e da falta de previsão de chuvas, a Sabesp ampliou nesta segunda-feira (22) o tempo da pressão de água de oito para dez horas na Grande São Paulo. Com o objetivo de economizar no abastecimento, a medida temporária será aplicada das 19h às 5h.
Até então, desde o dia 27 de agosto, a pressão da água era reduzida diariamente das 21h às 5h na região metropolitana. Segundo a SP Águas, a economia prevista na primeira fase de redução da pressão era 4 m³/s, e o volume alcançado foi de 4,2 m³/s. De acordo com a Sabesp, foi economizado o volume suficiente para abastecer mais de 800 mil pessoas durante um mês.
“A medida evitou uma queda maior do nível dos mananciais. No entanto, diante dos eventos climáticos e cenário de chuvas abaixo do esperado, foi preciso ampliar o período para a recuperação dos reservatórios.”, diz o governo paulista.
