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Food trucks na Paulista não terão mais renovação automática

De acordo Eduardo Odloak, prefeito regional da Sé, medida é para evitar monopólios e promover a rotatividade dos vendedores

Por Ana Carolina Soares
Atualizado em 18 jan 2017, 16h02 - Publicado em 18 jan 2017, 15h44
Food trucks na Praça Oswaldo Cruz: prefeitura quer maior rotatividade entre os pequenos empresários (/)
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A prefeitura regional da Sé vai reavaliar os espaços e as regras para a comida de rua na Avenida Paulista. “Até o ano passado, havia uma renovação automática da licença (de trinta dias). Acabamos com isso para não virar monopólio”, diz Eduardo Odloak, prefeito regional da área. No novo sistema, para trabalhar na principal via da cidade, os empresários terão de procurar a prefeitura regional da Sé. Terá prioridade o food truck que ainda não ocupou espaço. “Queremos uma maior rotatividade.”

Desde 2014, meses após a sanção da lei que regulamenta a comida de rua, três feiras ocorrem na principal via da cidade: na Praça Oswaldo Cruz, na esquina da Alameda Rio Claro e no Parque Trianon (essa, apenas aos domingos). Estima-se que esses locais reúnam aproximadamente cinquenta veículos no total.

“Vamos também criar uma comissão envolvendo moradores e empresários de food trucks para delimitar as áreas e avaliar as condições desse tipo de comércio”, diz Odloak.

Camelôs na mira

Outro ponto prioritário dessa nova gestão é o camelô. Segundo o prefeito regional da Sé, terá um ponto permanente de fiscalização na Avenida Paulista. Na segunda (16), houve uma reunião na Secretaria da Cultura sobre o tema. “Formamos uma comissão com representantes da prefeitura regional, da assistência social, dos moradores e dos artesãos para debater a atual legislação sobre os artistas de rua”, diz Odloak. Não foi definido um deadline para estabelecer as novas regras.

Em 2013, foi sancionada uma lei que regulamenta a atividade. Nela, estipula-se cinquenta lugares demarcados na calçada da Avenida Paulista e algumas diretrizes. Entre elas, o ambulante deve usar uma mesinha para expor seus produtos e ter registro na Subsecretaria do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco). “Sou artista plástico e particularmente observo muitos produtos da 23 de Março vendidos como artesanatos nas ruas, são os ‘industrianatos’. Queremos acabar com isso”, diz o prefeito regional.

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Desde o primeiro dia do ano, houve 403 apreensões de produtos não autorizados na Avenida Paulista. Desse número, 298 só na Virada do Ano. Entre artesãos, houve 23 confiscos, alguns por oferecer os tais “industrianatos” ou por resistência às regras. “Os artistas em frente ao shopping Center 3 expõem os trabalhos no chão e atrapalham a circulação de pedestres. Isso é um risco às pessoas”, diz Odloak.

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