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Ações de alunos do Einstein assistem crianças de comunidade da Zona Leste

Estudantes de enfermagem e medicina da faculdade levam doações, brinquedos e atendimento pediátrico a garotada de Guaianases para projeto

Por Guilherme Queiroz
5 nov 2021, 06h00
Um grupo grande de alunos posam enfileirados para a câmera em uma comunidade. Estão todos de máscaras contra a Covid
Médicos e alunos do Einstein em Guaianases: assistência médica e social (Pedro Russo/@vercidade/Divulgação)
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Foram abertas quinze vagas, mas 107 estudantes se inscreveram para uma ação na comunidade Benfica, em Guaianases, Zona Leste. Os alunos de medicina da Faculdade Albert Einstein, ligada ao hospital homônimo, tocam desde abril o Projeto Travessia, que leva assistência de saúde, cestas básicas, brinquedos e roupas a áreas carentes.

Em outubro, realizaram a primeira ação por lá, com cerca de setenta voluntários que atenderam 147 crianças. Pediatras do Einstein e da ONG Médicos do Mundo trabalharam em conjunto com estudantes de medicina e enfermagem. Dentistas também participaram e uma farmácia para a distribuição de medicamentos foi instalada. “A primeira coisa foi identificar as queixas. Estava tendo um surto de escabiose (sarna)”, conta Catarina Palumbo, 20, estudante. “Tínhamos muitas crianças ali que foram ao pediatra apenas uma vez na vida”, diz Laura Alves, 21.

Uma jovem, de máscara, usa o estetoscópio em uma criança
Projeto Travessia: da faculdade à comunidade (Pedro Russo/@vercidade/Divulgação)

O mapeamento dos casos críticos, com a localização, por exemplo, de crianças que sofrem de doenças crônicas, ocorreu com a ajuda da líder comunitária Marcela dos Santos, 40, presidente da Associação Fênix. “Com essa ação conseguimos matar vários coelhos de uma vez só. A gente estava tendo uma espécie de epidemia de sarna.”

A cozinha comunitária da associação, que distribui marmitas aos moradores mais carentes, também foi atendida com insumos. “Procuramos o doutor Eduardo Juan Troster, nosso professor, e ele abraçou a ideia. Recrutou pediatras, conseguiu doações, parcerias, tudo surgiu daí”, explica Catarina.

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A ideia é realizar atendimentos pediátricos uma vez a cada seis meses. “E temos demandas dos adultos. Estamos começando a planejar uma próxima ação, voltada para a ginecologia”, diz Emily Mie, 21. Para doações, voluntariado e acompanhar os próximos passos da iniciativa, basta seguir @travessia. projeto no Instagram.

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Publicado em VEJA São Paulo de 10 de novembro de 2021, edição nº 2763

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