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Empresas de cruzeiros decidem suspender operações até 21 de janeiro

Entidade que representa navios diz que os protocolos são mais rígidos do que os de outras indústrias e que eles não são capazes de evitar risco de Covid-19

Por Clayton Freitas
Atualizado em 3 jan 2022, 17h18 - Publicado em 3 jan 2022, 16h27
navios
Acima, o MSC Splendida; abaixo, o Costa Diadema. Embarcações tiveram surtos de Covid-19 e não podem mais oferecer viagens, segundo a Anvisa (MSC e Concais/Divulgação)
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Em uma nota divulgada na tarde desta segunda-feira (3), a CLIA Brasil (Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros) informou que as empresas MSC Cruzeiros e Costa Cruzeiros decidiram suspender de forma voluntária as operações de todas as suas embarcações no Brasil ao menos até o dia 21 de janeiro.

Ao menos duas embarcações dessas empresas, a MSC Splendida e a Costa Diadema, já estão com as operações interrompidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ou seja, independentemente da decisão anunciada na tarde desta segunda-feira (3) pela associação, os navios não poderiam embarcar passageiros e fazer novas viagens devido aos casos de Covid.

+Anvisa avisou MSC com um dia de antecedência sobre suspensão de cruzeiro

Além disso, a agência já monitorava a situação de outras três embarcações: o Preziosa e Seaside, da MSC, e o  Costa Fascinosa.

A CLIA Brasil informou que todas as cinco embarcações que operam na costa brasileira registraram, juntas, cerca de 400 casos de Covid-19, número proporcionalmente pequeno frente a quantidade de passageiros esperados. Em  nota emitida na noite de domingo (2), a empresa disse que os cerca de 400 casos representavam apenas 0,3% dos 130 mil passageiros e
tripulantes embarcados desde o início da atual temporada, em novembro.

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A  nota da associação afirma ainda que que durante a pausa aturará em nome das companhias junto ao governo federal, Anvisa, estados e municípios para buscar alinhamento em relação às “interpretações e aplicações dos protocolos operacionais de saúde e segurança que haviam sido  aprovados no início da atual temporada, no mês de novembro”.

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“Nas últimas semanas, as duas companhias de cruzeiros afetadas experimentaram uma série de  situações que impactaram diretamente as operações nos navios, tornando a continuidade dos  cruzeiros neste momento impraticável”, informou a associação.

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Além disso, segundo a associação, houve inconvenientes significativos para os hóspedes.

A CLIA Brasil disse ainda que os cruzeiros que estão em viagem finalizarão os seus  itinerários conforme planejado. Entretanto,  novas partidas não serão realizadas.

“A CLIA Brasil lamenta que as companhias tenham sido levadas a tomar essa decisão no Brasil,  dado que os protocolos de saúde e segurança dos navios continuam mostrando a sua eficiência,  destacando-se como um exemplo a ser seguido em todo o mundo”, informa a associação.

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A agência recomendou a suspensão da temporada ao Ministério da Saúde e informou que investigará se as empresas cometeram infrações sanitárias.

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Protocolos
Segundo a CLIA Brasil, as empresas adotaram todas as recomendações sanitárias impostas para que as viagens pudessem ser feitas.

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Elas incluem vacinação completa obrigatória para hóspedes e tripulantes; testagem no pré-embarque e durante a viagem de, no mínimo, 10% das pessoas embarcadas e tripulantes; capacidade reduzida a bordo para facilitar o distanciamento social de 1,5m entre os  grupos e  uso obrigatório de máscaras.

A nota do último domingo informou que a maior parte dos casos são de pessoas assintomáticas ou com sintomas leves. A associação também havia informado que nenhum ambiente estava livre de Covid-19.

“Vale destacar que os navios, no momento em que vivemos, oferecem um dos maiores níveis de proteção, destacando-se como uma das mais seguras opções de férias, devido ao seu ambiente muito mais controlado, em relação a outros tipos de viagem ou meios de transporte, com destaque para o fato de que se trata de uma temporada 100% nacional, com hóspedes brasileiros, os mesmos que poderiam entrar nessas cidades por via terrestre ou aérea”, informava a nota.

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