Continua após publicidade

Desenhos com cunho nazista são pichados na Unicamp

Alunos se uniram para cobrir figuras; SSP diz que polícia registrou o caso

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 abr 2022, 20h33 - Publicado em 27 abr 2022, 20h26
Desenhos em alusão ao nazismo foram pichados em pilastra de instituto da Unicamp.
Desenhos em alusão ao nazismo foram pichados em pilastra de instituto da Unicamp. (Divulgação/Divulgação)
Continua após publicidade

A Polícia Civil em Campinas, no interior de São Paulo, investiga desenhos com cunho nazista pichados a lápis em uma das pilastras do prédio de graduação do IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas) da Unicamp. As informações são da Folha.

As pichações faziam alusão à SS, uma divisão do Exército de Adolf Hitler na Alemanha nazista, além de uma saudação ao próprio líder, com a inscrição 88 —o número oito se refere à letra H, a oitava do alfabeto. Os desenhos foram descobertos no último dia 19.

“Assim que a direção do IFCH reconheceu os desenhos, registrou as imagens e informou o caso para a Diretoria Executiva de Direitos Humanos da Unicamp (DeDR)”, diz trecho do documento assinado pelo IFCH.

Em outro trecho da nota, o instituto afirma que é local é de inclusão e de tolerância, onde não é aceito conviver com atos violentos. “Vamos cobrar as instâncias responsáveis para que haja investigação do caso e que as providências necessárias sejam tomadas. Pedimos a nossa comunidade que esteja atenta e informe à direção sempre que tiver conhecimento de atos violentos como esse.”

Também em comunicado, a diretoria executiva de direitos humanos da Unicamp declarou que “a alusão a movimentos, práticas e ideologias de caráter discriminatório, cuja trágica herança histórica fundamentou o ódio extremo, a perseguição e a morte de milhões de pessoas, como flagrante desrespeito aos princípios que regem a Unicamp e o Estado brasileiro, jamais será tolerada em nosso cotidiano”.

Continua após a publicidade

Procurada, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) afirmou que “o caso foi registrado na terça-feira (26) pelo 7º DP de Campinas e encaminhado à 1ª Delegacia de Investigações Gerais da Deic do município, para as devidas providências de polícia judiciária”.

Inconformados com a situação, alunos da Unicamp resolveram se unir e cobrir as pichações. Para isso, eles colaram cartazes sobre os desenhos que faziam alusão ao nazismo e à ditadura militar no Brasil em diversos pontos do instituto. As intervenções foram realizadas na última segunda-feira (25).

Fotos do ato foram publicadas no perfil do Centro Acadêmico de Ciências Sociais e História da Unicamp. As pichações foram cobertas com papel sulfite, em que era possível ler frases como “racistas e fascistas não passarão”, “ditadura nunca mais” e “fora Bolsonaro”.

A Unicamp disse que “repudia toda e qualquer expressão de ideologias que não se pautem pela defesa dos direitos humanos. As pichações configuram crime e a autoridade policial já foi informada”.

Continua após a publicidade

+Assine a Vejinha a partir de 12,90.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.