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Clientes acusam funcionários de casa noturna da Augusta de agressão

Caso aconteceu na madrugada de segunda-feira (16) e foi registrado no 4° Distrito Policial da Consolação

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 jul 2018, 19h20 - Publicado em 17 jul 2018, 10h11
Caso acontece na madrugada de segunda-feira (16) e foi registrado no 4° Distrito Policial da Consolação (Reprodução / Facebook/Veja SP)
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Um jovem chamado Bruno Santos acusou funcionários da casa noturna Espaço Desmanche, localizada na Rua Augusta, de agressão. Em publicação no Facebook, ele conta que a confusão começou por causa de cobranças indevidas nas comandas. A Polícia Militar (PM) chegou a ser acionada e, quando deixou o espaço, ele e suas amigas foram agredidos fisicamente por um segurança da casa e outros homens fora do estabelecimento. Um dos funcionários da casa também teria ameaçado uma mulher. O caso foi registrado no 4° Distrito Policial da Consolação na tarde desta segunda-feira (16).

Em nota publicada no Facebook, na tarde de segunda-feira (16), a casa informou que os agressores não faziam parte do quadro de funcionários. “Ainda que não tenhamos identificado a participação do gerente responsável nas imagens, por conta da menção expressa ao seu nome, optamos por afastá-lo, pelo menos até o final das investigações”, diz o primeiro comunicado. Na tarde desta terça-feira (17), o estabelecimento divulgou um novo comunicado com mais esclarecimentos sobre o ocorrido, após serem finalizadas as análises das imagens internas e externas. Segundo a nota, tanto as imagens quanto a lista de funcionários que trabalham no local, sejam eles fixos ou temporários, está à disposição das autoridades. “Do mais, está agendada uma reunião com a vítima Bruno Santos, hoje, às 20 horas, para que tenha acesso a íntegra das gravações”, diz a nova nota (leia as duas notas de esclarecimentos abaixo)

Na publicação de Santos no Facebook, que conta com 15 000 compartilhamentos (confira o texto na íntegra abaixo), ele e mais cinco pessoas foram à balada e, quando foram pagar as comandas, encontraram cobranças indevidas. “Achamos a quantidade e o valor absurdos, até porque eu nem havia tomando cerveja”, conta. Diante da confusão, os funcionários do local chamaram a polícia.

“A PM apareceu em cinco minutos. Perguntaram o que estava acontecendo e nós dissemos que com certeza não tínhamos consumido tudo aquilo. O gerente disse que ia puxar nas câmeras e nós concordamos novamente dizendo que, se a câmera comprovasse o nosso consumo, pagaríamos sem problemas”, conta.

Após um acordo, os clientes concordaram em desembolsar metade do valor, “algo em torno de 150 reais”, conta. Segundo o jovem, um funcionário chamado Pedro disse que eles estavam mentindo, uma das suas amigas retrucou e ele a ameaçou de agressão. “A PM não fez nada. Fingiu que não viu e foi embora”.

“De repente o Espaço Desmanche abriu as portas e saíram vários caras de lá. Um deles me pegou desprevenido e me deu um chute na cara. Quando a Dani e Amanda viram correram para cima dos caras”, conta. “Nisso, já tinha dois ou três caras me batendo”. “Eles bateram nelas (inclusive o segurança da casa) mas também apanharam”.

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“Pra vocês terem uma noção, cinco me encurralaram, mas chegaram a ter dois ou três caras batendo na Dani. Se ela não soubesse tanto se defender, eu nem sei o que teria acontecido. Tudo isso acontecendo na frente da balada e o gerente, os seguranças e a própria PM”.

O que a casa diz
No comunicado desta terça (17), os responsáveis pelo estabelecimento afirmam que durante este período de apuração dos fatos, todas as imagens foram analisadas e podem agora oferecer mais informações sobre o ocorrido. Com a filmagem, segundo a casa, os valores não foram excessivos. “Todos os itens consumidos podem ser efetivamente comprovados pelas imagens internas das câmeras. Verificamos, um a um, os itens pedidos pelos clientes. Como adiantado, as imagens já foram disponibilizadas às autoridades”, diz a nota.

Sobre a confusão com os policiais fora do Espaço Desmanche, a casa entende que foge de seu controle. “Considerando que as vítimas estavam alcoolizadas, e que a Polícia Militar do Estado de São Paulo é plenamente capaz de lidar com esse tipo de incidente, entendemos que ninguém melhor do que a própria corporação para se manifestar sobre o caso”, rebate o comunicado. Já sobre as agressões ocorridas depois do desentendimento, o estabelecimento afirma que os indivíduos não fazem parte do quadro de funcionários do Espaço Desmanche. “Todas as pessoas podem ser identificadas pela polícia, mediante análise das imagens internas e externas, e assim será feito.”

Os responsáveis pela balada se mantêm à disposição das autoridades e esclarecem que não haverá resistência da casa em arcar com as suas responsabilidades. “Do mais, estamos avaliando a pertinência de tomada de medidas cabíveis em face do senhor Bruno Santos, por conta da repercussão negativa que sua postagem pública, sem qualquer juízo de valor ou busca pela verdade real, tem proporcionado ao Espaço Desmanche, na medida em que este sempre esteve aberto e disponível para auxiliar no que fosse preciso.”

O Espaço Desmanche disponibilizou parte das imagens relacionadas à confusão. Assista abaixo.

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Confira as notas divulgadas pelo Espaço Desmanche:

Segunda-feira (16)

Conforme nota publicada nas redes sociais esta tarde, recebemos diversas denúncias acerca de um caso de agressão contra clientes da casa, que teria ocorrido após saírem do estabelecimento, na madrugada do dia 16 de julho.

Prontamente mobilizamos uma equipe para analisar as imagens das câmeras de segurança, tanto internas quanto externas, na intenção de identificar os agressores e verificar se, de fato, eram funcionários do estabelecimento. Ainda que não tenhamos identificado a participação do gerente responsável nas imagens, por conta da menção expressa ao seu nome, optamos por afastá-lo, pelo menos até o final das investigações.

Em relação aos envolvidos, cumpre-nos esclarecer que, de fato, não faziam parte do quadro de funcionários do Espaço Desmanche. As imagens analisadas já foram separadas pela equipe, e se encontram à disposição das autoridades para subsidiar as investigações que devem ser feitas. A vítima também já foi contatada pela equipe, que está oferecendo todo o suporte necessário para que não restem dúvidas acerca do quanto ocorrido. A casa não se omitirá em face de eventuais responsabilidades, caso assim apuradas.

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O Espaço Desmanche repudia veemente todo e qualquer ato de violência, e procura sempre contratar funcionários que compartilhem os valores da casa em relação à diversidade e tratamento dos clientes.

Terça-feira (17)

Conforme nota publicada nas redes sociais na tarde de ontem, recebemos diversas denúncias acerca de um caso de agressão contra clientes da casa, na madrugada do dia 16 de julho.

De acordo com relatos da vítima, em suma, a situação se resumiu em: (i) confusão acerca dos valores cobrados na comanda, envolvendo o gerente da casa e funcionários do caixa; (ii) confusão com os policiais que compareceram ao local para averiguar a questão das comandas; e (iii) agressão supostamente cometida por funcionários da casa, após a saída da casa.

Como ainda não havíamos analisado a totalidade das imagens relacionadas à madrugada do dia 16, elaboramos nota oficial neste sentido, de que seguiríamos realizando a análise, e que nos encontrávamos disponíveis para oferecer todo o suporte necessário à vítima, exatamente como temos feito.

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Hoje, com a análise das imagens já finalizada, somos capazes de oferecer maiores informações tanto à imprensa, quanto às vítimas. Nessa seara, vale dizer, inclusive, que todas as imagens e a lista de funcionários que trabalhavam na casa já foram efetivamente disponibilizadas às autoridades, mediante comparecimento espontâneo do Espaço Desmanche. Do mais, está agendada reunião com a vítima Bruno Santos, hoje, às 20 horas, para que tenha acesso à integra das gravações.

Desta análise, pudemos concluir alguns fatos incontroversos em relação ao relato da vítima, são eles:

1 – Os valores cobrados pelas comandas não eram excessivos. Todos os itens consumidos podem ser efetivamente comprovados pelas imagens internas das câmeras. Verificamos, um a um, os itens sendo pedidos pelos clientes. Como adiantado, as imagens já foram disponibilizadas às autoridades;

2 – Eventual confusão com os policiais aconteceu fora do Espaço Desmanche, e qualquer desentendimento nesse sentido foge do potencial de controle que a casa poderia oferecer. Considerando que as vítimas estavam alcoolizadas, e que a Polícia Militar do Estado de São Paulo é plenamente capaz de lidar com esse tipo de incidente, entendemos que ninguém melhor do que a própria corporação para se manifestar sobre o caso; 

3 – Os envolvidos na agressão NÃO FAZEM PARTE do quadro de funcionários do Espaço Desmanche, seja entre os efetivos, seja entre os temporários. Todas as pessoas podem ser identificadas pela polícia, mediante análise das imagens internas e externas, e assim será feito. 

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Caso as autoridades entendam que, de alguma forma, o Espaço Desmanche deve ser responsabilizado por qualquer dos incidentes, não haverá resistência da casa em arcar com suas responsabilidades. Tanto é assim, que estamos efetivamente contribuindo para todas as investigações, fornecendo toda e qualquer informação disponível.

Do mais, estamos avaliando a pertinência de tomada de medidas cabíveis em face do senhor Bruno Santos, por conta da repercussão negativa que sua postagem pública, sem qualquer juízo de valor ou busca pela verdade real, tem proporcionado ao Espaço Desmanche, na medida em que este sempre esteve aberto e disponível para auxiliar no que fosse preciso.

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