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Cidade no interior de São Paulo decreta epidemia da dengue

Foram confirmados 104 casos da doença no município paulista. Saiba mais

Por Agência Brasil
5 fev 2020, 11h31
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O mosquito transmissor Aedes aegypti  (Muhammad Mahdi Karim/Wikimedia Commons)
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A Prefeitura de Sorocaba, no interior de São Paulo, decretou epidemia de dengue na cidade. Foram confirmados 104 casos da doença no município, sendo 76 autóctones, 73% dos casos; 25 importados, ou seja, de pacientes que se contaminaram em outras cidades, e três de origem indeterminada. Ao todo, foram 802 notificações. Dessas, 629 foram descartadas e 69 continuam em investigação.

Cidade no interior de São Paulo decreta epidemia da dengue

De acordo com a Vigilância Epidemiológica da cidade, a justificativa dada para o momento epidêmico se dá pela curva de tendência, a partir do número de casos da doença em série histórica de 2009 até 2019, sendo excluídos os anos epidêmicos. Nas quatro últimas semanas, o órgão observou que a curva dos casos de 2020 está acima do limite superior da curva de tendência, quando a curva ultrapassa o limite superior de casos por quatro semanas consecutivas considera-se momento epidêmico.

“As arboviroses têm essa característica de causar epidemias de tempos em tempos, e a última grande epidemia em Sorocaba foi em 2015, então era esperado que a gente tivesse uma nova epidemia em 2019 ou 2020, principalmente pela introdução de um novo vírus em 2015, com o vírus da dengue tipo 1, então a maioria das pessoas ficou exposta e criou anticorpos contra esse vírus. Agora, com a introdução em 2019 do vírus da dengue tipo 2 no estado de São Paulo, praticamente todo mundo é suscetível a pegar o tipo 2, então esse aumento no número de casos reflete esse novo vírus que tem na cidade”, disse a chefe da Divisão de Zoonoses, Thais Buti.

Além dos 104 casos de dengue confirmados, Sorocaba registrou dois casos de chikungunya. Não há casos de febre amarela e zika.

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A concentração de casos de dengue ocorre na região do Jardim Rodrigo, e também nos bairros Hortência e Simus.

“A pessoa que apresenta sintomas de dengue pode se dirigir a qualquer unidade de saúde do município, que será atendida normalmente. Estamos numa situação de epidemia, mas o número de doentes ainda é relativamente baixo comparado ao ano de 2015. Então, por enquanto, não foi necessário o atendimento em tenda de hidratação e nenhuma outra medida de emergência”, disse Thais.

A prefeitura já iniciou os preparativos para o Dia D da Dengue, no próximo sábado (8), e contará com a colaboração de servidores públicos na conscientização da população sobre a doença. Nesse dia também haverá trabalhos técnicos como visitas casa a casa e arrastão de criadouros nas áreas mais críticas da cidade.

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Inseticida Malathion

Após oito meses sem receber o inseticida Malathion do Ministério da Saúde, Sorocaba recebeu na última quinta-feira (30) 100 litros do produto. O inseticida é usado por agentes de saúde para a nebulização e pelo caminhão de fumacê, somente em casos positivos de dengue e aglomerados de casos, respectivamente. O produto tem o objetivo de eliminar as fêmeas infectadas com o vírus.

“A quantidade não é suficiente, e por esse motivo, estamos usando de forma estratégica nos locais mais críticos da cidade. A previsão é que na semana que vem a região de Sorocaba receba mais 200 litros do veneno”, informou Thais.

Ações

Até o dia 28 de janeiro, 35.110 imóveis da cidade foram visitados pela Divisão de Zoonoses da cidade nas seis áreas do município – centro norte, centro sul, leste, noroeste, norte, sudoeste. Um total de 4.549 recipientes foram encontrados dentro dos imóveis visitados com água, portanto, estavam prontos para criar o mosquito.

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Foram removidos, até o momento, 60 toneladas de criadouros na cidade; intensificado o trabalho da Divisão de Zoonoses aos sábados e aumentado o número de caminhões de arrastão de dois para três.

A chefe da Divisão de Zoonoses, Thais Buti, reforça a recomendação de não deixar água parada nas casas. “Recomendo fazer uma vistoria uma vez por semana dentro e fora do imóvel, não somente no quintal, removendo qualquer tipo de recipiente que esteja com água parada. Caso não possa remover o recipiente, como um vaso sanitário com pouco uso, por exemplo, adicione sabão em pó ou detergente, por que esses produtos vão impedir que a larva se prolifere nesse criadouro. Outra medida é o uso de repelente como protetor individual”.

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