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Cemitério é um barato

Assíduos, frequentadores usam espaço para tocar instrumentos, fotografar, ler e estudar

Por Adriano Conter
Atualizado em 5 dez 2016, 17h40 - Publicado em 1 nov 2011, 19h41
Kléber Gouvêa - Cemitério é um barato
Kléber Gouvêa - Cemitério é um barato (Arquivo Pessoal/)
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Existe uma turma que não se comove com o movimento intenso nos cemitérios no Dia de Finados. São frequentadores assíduos que, durante o resto do ano, usam esses espaços calmos e silenciosos para ler, tocar algum instrumento, fotografar ou mesmo passear pelos túmulos de pessoas famosas e obras de arte.

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Adenílson Silva, 39 anos, trabalha como programador ao lado do Cemitério dos Protestantes, ou da Consolação, como é mais conhecida a necrópole. Há oito anos, sempre que dá, ele usa o horário de almoço para ler na companhia de Tarsila do Amaral e da marquesa de Santos, enterradas ali. “É um local onde encontro paz”, afirma, para estranhamento dos amigos.

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Se o cemitério é cenário de histórias de assombração para alguns, Silva não dá ouvidos e já até acostumou a filha a fazer o mesmo. “Ela gosta de ir comigo para fotografar”, conta.

Em São Paulo, são comuns passeios fotográficos nas necrópoles, que atraem interessados graças a obras de artistas famosos como “Grande Anjo”, de Victor Brecheret, também na Consolação.

Kléber Gouvêa, 27, organiza esse tipo de atividade. Analista de processos e fã do Cemitério do Araçá, ele tem interesse por esses espaços desde criança. Gouvêa conta que chegou a administrar uma comunidade do Orkut sobre o assunto. Ele diz que muitos ainda têm receio de participar, mas são vencidos pela curiosidade. “As visitas geram interesse histórico e artístico.”

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No Araçá, um grande número de mausoléus de importantes e tradicionais famílias paulistanas pertencentes à oligarquia cafeeira pode ser visto. O lugar é também um dos favoritos do estudante Eduardo Geraissate, 22, que, além de ler e estudar, usa o cemitério para praticar violino. “É um lugar que tende a ser calmo, longe do barulho. É mais fácil me concentrar.”

O coveiro Rogério Alves, 28, conta que Geraissate não é o único que usa a necrópole de “estúdio” para ensaios. Ele diz que também há um trompetista que aproveita a paz do local para praticar. “É comum que as pessoas venham aqui para passar o tempo”, finaliza.

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