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Covas quer plano de vacinação próprio para a capital, diz jornal

Meta do prefeito de São Paulo, que vai se descolando de João Doria, seria vacinar 600 000 pessoas por dia

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 5 abr 2021, 20h12 - Publicado em 5 abr 2021, 17h17
A imagem mostra Doria falando no ouvido de Covas; ambos estão de máscara
O prefeito Bruno Covas e o governador João Doria (Governo de SP/Divulgação)
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O prefeito Bruno Covas (PSDB) quer adquirir vacinas contra a Covid-19 para a cidade de São Paulo e instituir um plano próprio de imunização, com um ritmo de aplicação de 600 000 doses por dia, segundo o Estadão. No começo de março, a prefeitura formalizou um pedido de compra de 5 milhões de doses da vacina da Janssen

A capital paulista atualmente atende 120 000 pessoas por dia na campanha de imunização. Apesar de ter a capacidade para quadruplicar esse número, ela não consegue pela dependência da quantidade das vacinas disponibilizadas para o município. 

No entanto, mesmo que tenha sucesso em conseguir negociar a compra de vacinas com algum fabricante, a Procuradoria-Geral de São Paulo prevê que será necessário um diálogo com o Ministério da Saúde para poder usar as doses. Os procuradores entendem que essas unidades seriam repassadas ao Plano Nacional de Imunização, o PNI. 

Somado a isso, o secretário municipal da saúde, Edson Aparecido, disse que os laboratórios preferem negociar diretamente com os governos centrais, evitando assim falar com os governos regionais. A gestão Covas ainda mantém conversas com a Pfizer, AstraZeneca, Moderna, Biotech e a Janssen.

Em nota, a prefeitura afirmou que “a tentativa de comprar outros imunizantes é uma iniciativa para avançar ainda mais na vacinação realizada no município” e ressaltou que “o objetivo da gestão Bruno Covas é conter o avanço da doença e salvar vidas, e não se “descolar” de quem quer que seja, mas, sim, trabalhar conjuntamente pelo bem comum”.

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Discordância com Doria

Em março, João Doria criticou a medida adotada pelo prefeito Bruno Covas de decretar um megaferiado na capital. Segundo o governador, não houve conversas prévias com o estado nem com outros prefeitos do litoral paulista. A antecipação poderia causar uma corrida da população às praias. 

“Infelizmente a decisão do prefeito foi anunciar sem entendimento prévio, o que criou esse mal estar. Recebemos várias manifestações de prefeitos e prefeitas do litoral e da região metropolitana. O Centro de Contingência está avaliando e hoje temos uma reunião para anunciar algumas medidas. Vamos atender a solicitações que forem feitas por esses prefeitos para evitar a superlotação no litoral com mais contato, mais contágio. Eles têm toda razão nessa preocupação”, afirmou Doria.

Ele também disse que as prefeituras têm autonomia para tomar as próprias decisões para tentar frear o coronavírus. “Mas há certas decisões que o bom senso recomenda que sejam compartilhadas com o governo, dado o impacto nas cidades vizinhas. Faltou um pouco de bom senso da prefeitura para evitar o mal estar que acabou provocando. Vamos reduzir isso ao mínimo possível”, disse Doria

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Bruno Covas, que foi até o Hospital Sírio Libanês para uma sessão de quimioterapia, rebateu as críticas. “O senso que falta é o senso de urgência. Aqui na prefeitura tem menos falação, foco no trabalho e colaboração. Faço o máximo que posso para defender o povo da minha cidade. Sempre aberto a colaborar com outras cidades e com o governo do Estado. Mas cada um precisa assumir suas responsabilidades”, afirmou.

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