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Sephora: bem-vindo ao paraíso de cores e cheiros

Principal multimarcas de cosméticos e perfumaria do mundo promete abrir cinco endereços no Brasil em 2012

Por Katiane Romero
Atualizado em 5 dez 2016, 17h36 - Publicado em 21 nov 2011, 17h48
Sephora, em Nova York
Sephora, em Nova York (Divulgação/)
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Uma espécie de euforia costuma tomar conta do viajante brasileiro (principalmente da brasileira) prestes a embarcar em um voo transatlântico de volta a Guarulhos. Depois de passarem pelo raio-X, muitas pessoas fazem escala nas lojas de produtos de beleza atrás dos mais recentes lançamentos de marcas que não podem ser encontradas nas prateleiras nacionais. A partir do primeiro semestre de 2012, porém, as compras de última hora no aeroporto serão opcionais. Principal multimarcas de produtos de maquiagem, cosméticos e perfumaria do mundo — são 1.538 lojas em 25 países —, a francesa Sephora desembarca em solo brasileiro em março. “Devemos chegar a cinco lojas no país em 2012, pelo menos três delas em São Paulo”, diz Paula Larroque, vice-presidente sênior da Sephora para a América Latina.

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O primeiro endereço será no Shopping JK Iguatemi, no número 2041 da Avenida Juscelino Kubitschek. Os dois outros espaços ainda não estão definidos. O Rio de Janeiro será o próximo destino da marca. Em cinco anos, outras 25 lojas poderão ser inauguradas no país. “Ao fim de uma década, todas as principais capitais devem ter pelo menos um endereço nosso”, afirma Paula. Fundada na França, em 1970, por Dominique Mandonnaud, sob o nome Shop 8 (o Sephora apareceu duas décadas mais tarde, quando Mandonnaud juntou o nome bíblico Zipporah, da mulher de Moisés, com a palavra do grego antigo para “bonita”, sephos), a empresa mirava o consumidor brasileiro desde 2007. Nessa época, ela começou a planejar a expansão pela América Latina, iniciada oficialmente com a inauguração de uma loja na Cidade do México, um mês atrás. O primeiro dia de funcionamento provocou filas de cinco horas até a abertura das portas, às 11 da manhã.

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A chegada da Sephora deve colorir, e muito, um mercado nacional ainda um pouco opaco, apesar dos números positivos. O Brasil é o terceiro maior consumidor de produtos de beleza do mundo, atrás dos Estados Unidos e do Japão. No entanto, o que garante o faturamento bilionário — 27,3 bilhões de reais no ano passado — são itens da cesta básica: desodorantes, perfumes, pastas de dentes, xampus e condicionadores, nessa ordem. As ditas “frescuras”, como sombras cobalto e verde-bandeira ou batons framboesa azulada e preto cintilante, ocupam o topo da pirâmide. E há muito o que escalar.

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De cara, a Sephora trará vinte marcas inéditas para o solo nacional — no México foram 27. Entre as novidades, estão confirmadas as francesas Make Up For Ever e Nars e as americanas Urban Decay, Bare Minerals e Benefit. Essa última está à venda no país desde o começo deste mês pelo site da Sack’s, e-commerce nacional comprado em julho de 2010 pelo conglomerado francês LVMH, dono da Sephora (e de referências mundiais da beleza como Guerlain e Acqua di Parma). O site da Sack’s também será a porta de entrada para a Sephora Collection, linha de produtos de grife com o logo da companhia. A partir deste mês, serão vendidos no e-commerce 250 itens da marca própria, entre esmaltes (R$ 20,00), sombras (R$ 30,00), delineadores (R$ 48,00), batons (R$ 53,00) e bases (R$ 92,00). Assim que a Sephora abrir sua primeira loja física, o site da Sack’s passará a se chamar Sephora.com.br.

Como em todo o comércio de importados, as cifras são multiplicadas. O Benetint, corante para bochechas e lábios da Benefit, custa cerca de 50 reais na Sephora americana — no Brasil, o produto chega a 128 reais. “É um reflexo da estrutura de impostos do país”, diz Paula. O modelo de vendas também deve seduzir o consumidor. As lojas costumam ser grandes. A primeira filial mexicana tem cerca de 500 metros quadrados, um terço da área da maior Sephora do mundo, em Barcelona. A apresentação nas prateleiras difere daquela vista em endereços como a Drogaria Iguatemi, tradicional destino paulistano desse setor. Ao contrário de produtos divididos por necessidade (“pele seca” ou “cabelos oleosos”), na Sephora eles são separados por grife. Cada qual possui seu nicho, em que não raro é possível encontrar uma linha completa.

Por fim, as vendedoras são treinadas para identificar as tais necessidades e as preferências (batom cremoso ou gloss?, aplicação com pincel ou lápis para contornar?) e localizar a melhor opção nas gôndolas em segundos. Não é pouco. Para mulheres não iniciadas no universo das sombras laranja e para maridos incumbidos de voltar de viagem com um Terracotta Light Sheer Bronzing Powder Brunette 2, da Guerlain, na bagagem, a chegada da Sephora promete ser o paraíso.

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