Continua após publicidade

Angelo Brandini estreia nova adaptação de Shakespeare para crianças

Premiado encenador investe agora em "Hamlet". Anteriomente, já havia montado versões de "Otelo" e "Rei Lear"

Por Meriane Morselli
Atualizado em 5 dez 2016, 17h45 - Publicado em 1 out 2011, 00h50

Parecia uma façanha quando, em 2007, o ator, palhaço e diretor Angelo Brandini, de 52 anos, adaptou seu primeiro clássico do dramaturgo William Shakespeare para o teatro infantil. Levada ao palco por sua companhia, a Vagalum Tum Tum, a divertida “Othelito”, inspirada em “Otelo”, cativou a plateia com música ao vivo e técnicas de clown. Resultado: conquistou prêmios como o da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor texto adaptado para crianças. Agora, o encenador investe em uma versão para “Hamlet”, que ganhou o título O Príncipe da Dinamarca. Com estreia programada para este sábado (1º) no Teatro Alfa, a montagem promete ficar bem longe da tragédia e fazer muita graça, com direito a uma banda de caveirinhas, para representar a trajetória do jovem empenhado em vingar a morte do pai. Do bardo inglês, ele também assinou a hilariante “O Bobo do Rei” (2010), baseada em “Rei Lear”.

+ As melhores peças infantis em cartaz

+ O melhor da semana para crianças

Integrante dos Doutores da Alegria desde 1994, Brandini atuou em hospitais durante sete anos e atualmente ocupa a função de coordenador artístico do grupo. Para a trupe, converteu a comédia “O Doente Imaginário”, de Molière, na simpática opereta “Senhor Dodói”, de 2008. Tudo começou com o filho mais velho de Brandini, Vitor Osório, hoje com 27 anos — ele ainda é pai de Sofia e Violeta. No momento em que se viu com o repertório de contos infantis esgotado, passou a narrar ao garoto obras consagradas para adultos. “Ia puxando as histórias da memória e, nas partes pesadas, aliviava para não chocá-lo”, lembra. O passo seguinte consistiu em levar aos palcos esses textos. “Procuro manter a essência do original, com o desafio de segurar o interesse das crianças”, diz.

Nascido na cidade de Paracatu, em Minas Gerais, o artista veio sozinho para São Paulo aos 13 anos por não suportar o tédio do interior. Trabalhou como engraxate e office-boy até ingressar em pequenas companhias de teatro. Ele e a mulher, a atriz Christiane Galvan, moram em uma casa na Lapa. Ali fica a sede improvisada da Vagalum Tum Tum e foi o local onde ele se dedicou por um ano ao novo espetáculo. Planos não param de pipocar na cabeça do hiperativo criador. “Toda vez que acabo um texto, já estou pensando no próximo”, conta. “Quero fazer no futuro ‘Henrique V’, mais um Shakespeare.”

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.