Agenda de Tarcísio em Davos prevê reunião com fundo do Qatar
Governador quer atrair investimentos privados para projetos do estado e impulsionar a chamada agenda verde
Em sua primeira viagem internacional, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), participa do Fórum Econômico Mundial, que começa nesta segunda-feira (16), em Davos, na Suíça.
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Ele embarcou no último sábado (14) acompanhado por Lucas Ferraz, secretário de Negócios Internacionais, Arthur Lima, secretário-chefe da Casa Civil, e Laís Vita, secretária de Comunicação.
Entre as reuniões previstas para esta segunda-feira está um almoço com André Esteves, no BTG Pactual; reunião com o brasileiro Ilan Goldfajn, presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento); Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio); e com o primeiro-ministro do governo de Maharashtra, Eknath Sambhaji Shinde. Maharashtra é um dos principais centros comerciais e industriais da Índia.
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A maior expectativa, porém, é o encontro com Mansoor Ebrahim Al-Mahmoud, CEO da Autoridade de Investimentos do Qatar (Qatar Investimet Authority), responsável pela gestão de 450 bilhões de dólares em recursos, algo em torno de 2,3 trilhões de reais. Só para se ter uma ideia do que é esse volume, 2,3 trilhões de reais é tudo que o governo brasileiro pretende arrecadar neste ano de 2023, segundo o Orçamento aprovado no Congresso.
Entre outras várias frentes de atuação, a autoridade de investimentos do Qatar têm participação na Volks, no banco Barclays e no aeroporto de Heathrow, símbolos de Londres. Uma de suas subsidiárias, a Qatar Sports Authority, é dona do PSG, e não poupou dinheiro para contratar o atacante Neymar para o time.
No Brasil os investimentos do fundo ainda são tímidos, com contratos com os governos do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso para produção e exportação de grãos para os países integrantes do Oriente Médio.
De olho nesse volume colossal de dinheiro, o que Tarcísio pretende é convencer os catarianos em participar de investimentos no estado de São Paulo, sobretudo em projetos de desestatização, uma das principais bandeiras do político, e também na chamada agenda verde, que inclui impulsionar a produção de combustíveis mais limpos, tais como etanol de segunda geração e hidrogênio verde.
Além dessas reuniões, os integrantes da equipe de Tarcísio participarão de um total de cerca de 30 reuniões, com integrantes de governos e de empresas de diversas partes do mundo.
