Professora é agredida e assaltada em Recife depois de ignorar cantada
Brunna Dias Ribeiro relatou o caso em post no Facebook, que já tem mais de 8 000 compartilhamentos
Depois de não responder a uma cantada num endereço movimentado do centro de Recife, a professora Brunna Dias Ribeiro foi agredida e assaltada. Enquanto voltava da Universidade Federal do Pernambuco, em Recife, para casa, ouviu um rapaz dizer “Morena gostosa! Morena linda!”. Sem resposta, ele voltaria, sem sucesso, a tentar chamar sua atenção: “Não vai me responder?”. Ela descreve o caso num post do Facebook (leia na íntegra abaixo), que já tem mais de 8 000 compartilhamentos.
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Brunna disse que preferiu não responder ao assédio, e que dois outros rapazes que acompanhavam o agressor começaram a rir da rejeição ao amigo. Conta, ainda, que o agressor se aproximou e que, antes que pudesse perceber, acertou a lateral de seu olho, perto do rosto. Caída no chão, teria levado novo golpe, perto da boca. Irado, Brunna diz que o agressor pegou sua bolsa, jogou tudo o que tinha dentro dela no chão e levou 70 reais.
A jovem, que registrou ocorrência pela internet, neste sábado (10), diz que seu grande choque foi a falta de ação das pessoas que presenciaram a cena.
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Leia o post na íntegra:
Aconteceu de novo. Mais uma mulher foi agredida e dessa vez fui eu. Atacada e assaltada. Estava nas imediações da praça do derby na tarde de hoje, caminhando, quando meu caminho se cruza com o de três rapazes e um deles resolve soltar “gracinhas” para mim. Aquelas “gracinhas” normais, coisa de homem, sabe? Só que não! Coisa de macho escroto e machista, que acha que a mulher tem que responder e gostar dessas nojeiras. O deixei falando sozinho e segui em frente, não respondendo às gracinhas. Ele não se contentou e me abordou, se aproximou de mim e me deu um soco muito forte no rosto. Caí no chão. Ele achou pouco e me bateu novamente. Sacudiu todo o conteúdo da minha bolsa no chão, roubou todo o dinheiro que estava na minha carteira e depois saiu correndo com os outros dois rapazes. Ninguém fez nada. Ninguém me ajudou. Estava sozinha e atônita. Absolutamente sozinha, no chão e juntando todas as minhas coisas. Só lembro de ter ouvido um dos rapazes gritar: “ei, meu irmão, tas doido, é?”. A sensação de impotência é absoluta. Já estamos “acostumadas” a receber esse tipo de gracinha, não imaginava que ele iria tão longe, mas isso acontece todos os dias. Todo santo dia algum homem passa dos limites e agride ou mata uma mulher. Todo santo dia a gente assiste calado ao vizinho que bate na mulher, ao sobrinho que grita com a namorada, ao pai que bate na esposa. Todo santo dia. E eu to cansada dessa merda toda! E essa foi a minha vez. Não me sinto mais segura em nenhum lugar dessa cidade. Não me sinto segura com homem nenhum.