Clássico das cantinas, capelete à romanesca ganha nova versão
Originalmente feito com creme de leite de latinha e ervilhas igualmente enlatadas, o prato é revisado no Casimiro
Um dos pratos mais emblemáticos da culinária ítalo-paulistana atende pelo nome de capelete à romanesca. Reza a lenda que teria surgido naquele que foi um dos lugares mais concorridos da cidade até os anos 80, o extinto Gigetto. Mais especificamente, no antepenúltimo dos quatro endereços que o restaurante ocupou, um belo casarão que ficava na Rua Nestor Pestana, bem em frente ao Teatro Cultura Artística, entre o fim da década de 50 e o início da seguinte.
Em vez de ser uma criação de um chef, seu autor seria Giovanni Bruno (1936-2014), um garçom conhecido pela enorme amabilidade e que legou à cidade a cantina Il Sogno di Anarello, na Vila Mariana.
Com ingredientes chiques para a época, o capelete levava creme de leite de latinha, ervilhas igualmente enlatadas, cubos de presunto cozido e cogumelo-de-paris em conserva, tudo finalizado diante do cliente num réchaud.
Descendente de uma linhagem de restaurateurs cujo principal representante hoje é o avô, Mario Tatini, Thiago Tatini revisa com categoria esse clássico no Casimiro.
À massa delicada com recheio de carne e de cozimento preciso, o chef adiciona ingredientes frescos que valorizam o resultado final: creme de leite, cogumelos e ervilhas, além de tiras de presunto. Salpica em seguida queijo grana padano e manda o prato ao forno para gratinar. A receita do passado na deliciosa versão revisada custa R$ 85,00.
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