Voando Alto
- Direção: Dexter Fletcher
- Duração: 106 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: EUA/Inglaterra/Alemanha
- Ano: 2016
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Talvez você já tenha visto algo parecido. Voando Alto, inspirado em um caso real, é daquelas típicas histórias de superação que fazem bem ao coração. Seu protagonista, Eddie Edwards (Taron Egerton), conquista a plateia por sua obsessão. Desde criança, o menino encasquetou que seria um medalhista olímpico. Chegando à idade adulta, na década de 80, não pensou duas vezes em abandonar a casa dos pais e correr atrás de seu sonho. Saiu, então, da Inglaterra e foi para um centro de treinamento de saltadores de esqui, na Alemanha. Sem grana nem talento, Eddie virou vítima de chacota — contribuíram para isso seu tipo físico nada esguio e os óculos de lentes grossas. Mas, claro, havia uma luz no fim do túnel: Bronson Peary (Hugh Jackman), um competidor que, depois de se aposentar, virou um beberrão desafortunado. Eddie o convenceu a treiná-lo e, a partir daí, convém não revelar mais detalhes. Eddie ganhou o apelido de Eddie the Eagle (a águia), também o título original do filme, nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1988, em Calgary, no Canadá (por coincidência, foi nesse mesmo ano que outros improváveis concorrentes sobressaíram e viraram tema da comédia Jamaica Abaixo de Zero). A fórmula do roteiro tem os ingredientes para garantir a satisfação: Hugh Jackman carismático, tensão nas cenas dos saltos, humor, revanche e, óbvio, happy end (e isso não é um spoiler!). Egerton, o agente secreto por acidente do delicioso Kingsman, está irreconhecível. Quando o verdadeiro Eddie aparece nos créditos finais, dá para entender o porquê. Estreou em 31/3/2016.