SP Arte – 9º Edicão
Resenha por Jonas Lopes
Um relatório divulgado neste mês pela Tefaf (fundação europeia de belas-artes) revelou que o Brasil representa 1% do mercado mundial de arte — 455 milhões de euros em vendas em 2012. O número vem bem a calhar no momento em que será inaugurada a nona edição da SP-Arte. De quinta (04/04/2013) a domingo (07/04/2013), a feira ocupa os três andares do Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, num total de 17.000 metros quadrados de área expositiva. O maior salto vem na quantidade de galerias internacionais envolvidas: serão 41, vindas de Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Áustria e Suíça, entre outros países. Para se ter ideia, foram 27 em 2012 e catorze em 2011. No total, serão 122 casas. Segundo Fernanda Feitosa, fundadora da SP-Arte, a presença da londrina White Cube, estreante no ano passado e que até chegou a inaugurar uma filial paulistana, abriu os olhos dos estrangeiros para o país: “Vêm muitos galeristas de fora para conhecer de perto o nosso modelo e descobrir se vale a pena participar das próximas edições”. Fundada por Larry Gagosian e com doze sedes mundo afora, a Gagosian participa pela primeira vez. O estande deve dividir opiniões ao misturar os brilhantes Gerhard Richter e Alberto Giacometti aos midiáticos (e desprezados pela crítica) Jeff Koons, Damien Hirst e Takashi Murakami. Vai chamar atenção também o espaço da Van de Weghe, de Nova York. Três trabalhos assinados pelo espanhol Pablo Picasso estarão expostos ali. Com sedes na Alemanha e na Inglaterra, a Sprüth Magers traz fotos do fotógrafo alemão Andreas Gursky, inclusive um registro do Edifício Copan. Alguns dos principais artistas brasileiros também marcarão presença, entre eles Miguel Rio Branco (Millan), Antonio Dias (Nara Roesler) e Mira Schendel (Paulo Kuczynski).