Rainhas do Orinoco
- Direção: Gabriel Villela
- Duração: 90 minutos
- Recomendação: 14 anos
Resenha por Dirceu Alves Jr.
Encenador de assinatura marcante, Gabriel Villela criou um estilo único, repleto de referências à cultura popular. Sua profícua produção, no entanto, por vezes o leva a repetições, como é o caso da comédia musical Rainhas do Orinoco. Walderez de Barros e Luciana Carnieli protagonizam a peça do mexicano Emilio Carballido (1925-2008) como duas artistas mambembes que suam no figurino para manter o sustento com mínima dignidade. Mina (papel de Walderez) e Fifi (interpretada por Luciana), agora, estão a bordo de um barco à deriva em alto-mar. Sem perspectivas, elas se apoiam no carinho mútuo que as une e na convicção de que sozinhas tudo ficaria pior. Luciana explora com desenvoltura a linguagem clownesca, em um misto de melancolia e ingenuidade, e Walderez, menos à vontade, conquista gradualmente o espectador. O excesso de números musicais, no entanto, torna a montagem arrastada, e Villela deixa de explorar com mais profundidade uma possível dúbia relação de Mina e Fifi, tanto na vida pessoal como na arte. O ator e músico Dagoberto Feliz acompanha as atrizes e executa a trilha no acordeão e no piano. Estreou em 13/5/2016. Até 3/7/2016.