Exposição de Auguste Rodin

Resenha por Jonas Lopes

Depois de passar
por Belo Horizonte, Do Ateliê ao Museu traz à
cidade 22 esculturas de bronze e de mármore do
escultor francês, todas pertencentes ao acervo do
Museu Rodin, de Paris. Uma particularidade da
exposição são as 193 fotografias — realizadas entre
1880 e 1910 por profissionais e amadores contratados
pelo próprio artista — que registram o dia
a dia de seu estúdio. Impossível não ficar fascinado
com peças como a monumental As Três Sombras,
inspirada na Divina Comédia, de Dante, e exposta
fora de Paris pela primeira vez, e sua vanguardista
estátua de Balzac. Embora, numa primeira impressão,
as fotos pareçam ofuscadas diante das esculturas,
é curioso observar, nessas imagens, o quanto
as noções de pronto e não terminado são irrelevantes
para Auguste Rodin (1840-1917) — o
processo de esculpir para o mestre parece não ter
fim.

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