Concrete Parallels/Concretos Paralelos

Resenha por Jonas Lopes

De todas as vertentes de abstração desenvolvidas ao longo do século XX, nenhuma viu sua influência se estender durante tanto tempo quanto o construtivismo. Desenvolvido a princípio no período de eclosão da Revolução Russa, o gênero pregava uma abordagem meramente formal da arte, sobretudo através de aspectos geométricos e matemáticos. Um panorama do legado construtivista pode ser apreciado na mostra, cuja intenção é aproximar as produções da Inglaterra e do Brasil. Herdeiros diretos de correntes de vanguarda europeias anteriores, a exemplo do futurismo e do cubismo, os ingleses anteciparam nossos neoconcretistas ao pensar em um modo de começar a tridimensionalizar os trabalhos, algo perceptível nos relevos de Anthony Hill e do casal Kenneth e Mary Martin. Por aqui, a onda teve início na primeira Bienal, em 1951, quando foi premiada a escultura Unidade Tripardida, do suíço Max Bill. A exposição exibe obras de muitos talentos: Franz Weissmann, Sergio Camargo, Judith Lauand e Willys de Castro, entre outros. De 04/09/2012 a 02/12/2012.

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