Boa Sorte – Filme
- Direção: Carolina Jabor
- Duração: 86 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: Brasil
- Ano: 2014
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Depois de dar um show na pele da protagonista do sucesso de bilheteria Bruna Surfistinha (2011), a atriz Deborah Secco se despe novamente do glamour para interpretar Judite neste primeiro longa-metragem de ficção da diretora Carolina Jabor, filha do também cineasta Arnaldo Jabor. Viciada em drogas de todos os tipos, a moça está internada numa clínica psiquiátrica e raras vezes recebe a visita da avó (papel de Fernanda Montenegro). A chegada de João (João Pedro Zappa) vai mudar a rotina dela. Internado pelos pais por ter se viciado na mistura de ansiolítico com refrigerante de laranja, esse rapagote de apenas 17 anos, ainda virgem, se encanta com a maneira livre, leve e solta de viver de Judite. Há, no entanto, uma justificativa para ela desejar as coisas de forma tão intensa: portadora do vírus da aids, Judite está com os dias contados. A amizade entre os dois se encaminha para um incomum relacionamento. Experiente à frente das câmeras, Deborah encontra no novato Zappa o parceiro perfeito — a timidez do personagem combina muito bem com a falta de traquejo do ator. O drama contém momentos bem-humorados para quebrar a sisudez do tema, embora seu desfecho seja de cortar o coração. Não à toa, Boa Sorte comoveu a plateia e faturou o prêmio do público no Festival de Paulínia deste ano. Estreou em 27/11/2014.
Efeito sanfona: para viver a personagem soropositiva, a atriz Deborah Secco fez uma dieta radical, com a qual perdeu 11 quilos em 45 dias.