Ben-Hur
- Direção: Timur Bekmambetov
- Duração: 124 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: EUA
- Ano: 2016
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
As comparações serão inevitáveis. Embora também inspirado no livro do americano Lew Wallace, o novo Ben-Hur é um épico para as novas gerações e há diferenças consideráveis em relação ao clássico de 1959, estrelado por Charlton Heston e vencedor de onze estatuetas no Oscar. Dotado de uma técnica irrepreensível para fitas de ação (vide seu estupendo trabalho em O Procurado), o diretor cazaque Timur Bekmambetov faz uma combinação de drama familiar, tragédia bíblica e aventura reluzente nesta recente adaptação. A trama, ambientada na Jerusalém do ano 33 d.C., começa mostrando a harmonia entre o príncipe judeu Judah Ben-Hur (Jack Huston) e Messala (Toby Kebbell), seu irmão de criação. A paz, porém, cai por terra quando Messala se une ao exército romano e, anos depois, volta para castigar a família que o acolheu. Entre as memoráveis sequências, há uma batalha naval de impressionante realismo e, claro, a já clássica cena da corrida de bigas. Outro ponto alto é a atuação de Rodrigo Santoro como Jesus Cristo. Entre tantos acertos, contudo, há uma falha quase indesculpável: a falta de carisma e garra do protagonista Jack Huston. Mesmo no papel do “vilão”, Kebbell tem mais presença e versatilidade. Estreou em 18/8/2016.