A Paisagem na Arte: 1690-1998
- Ano: 2015
Resenha por Julia Flamingo
Cronológica e didática, a mostra em cartaz na Pinacoteca reúne 100 obras da Tate, o museu nacional de arte moderna da Inglaterra. A seleção do curador Richard Humphreys reúne produções realizadas entre os séculos XVII e XX. Elas são acompanhadas por textos a respeito de como a visão de mundo dos britânicos pode ser explicada pela história da arte. O ponto forte são as peças que trazem uma reinterpretação da realidade. Exemplo disso é O Reverendo John Chafy Tocando Violoncelo em uma Paisagem, de Thomas Gainsborough, que insere elementos da Antiguidade em sua paisagem imaginária. Isso ajuda a harmonizar o fundo da pintura com o personagem em primeiro plano. Em A Destruição de Pompeia e Herculano, John Martin captura o desespero humano diante da erupção do Vesúvio. Considerado o mestre do paisagismo, William Turner está presente em telas como Dido e Eneias, na qual cria uma cena de praia repleta de ninfas e construções gregas. A coincidência das fontes de inspiração não ocorre por acaso. Na época em que esses e outros trabalhos foram concebidos, aristocratas britânicos chegavam a reformar suas propriedades para incorporar a elas características visuais e arquitetônicas do estilo clássico, tamanha era a fascinação por esse período. De 18/7/2015. Até 18/10/2015.